Gestão de segurança privada: o que é, objetivos e benefícios

O departamento de gestão de segurança privada é considerado o coração de uma empresa de proteção patrimonial. Isso porque o setor exerce inúmeras funções essenciais para o funcionamento da instituição, incluindo processos estratégicos, administrativos e operacionais. 

A Padrão Serviços elaborou um artigo completo explicando quais são as funções do gestor de segurança privada, a média salarial deste profissional, as leis que regem esse tipo de serviço no Brasil e muito mais. Vem com a gente!

 

O que é gestão de segurança privada?

 

A gestão de segurança privada é o departamento responsável pelos processos administrativos envolvendo o planejamento, organização, direção e controle de recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa de segurança.

Portanto, os profissionais que atuam nessa função exercem um importante papel no cumprimento das metas estabelecidas entre o contratante e o contratado. Para atingir esses objetivos, a gestão de segurança privada utiliza de todos os recursos disponibilizados pela organização de forma estratégica, a fim de alcançar os melhores resultados.

Geralmente, uma instituição que oferece serviços de segurança atua em um amplo campo, envolvendo diversos tipos de proteção patrimonial. Por isso, gerir e organizar todas essas tarefas exige um excelente domínio técnico dos gestores de segurança privada.  

 

O que faz o gestor de segurança privada?

 

O gestor de segurança privada é o profissional incumbido de administrar, planejar, organizar, e por vezes, liderar a atividade de uma equipe. Dessa forma, ele atua tanto em funções estratégicas quanto em operacionais. Confira abaixo, algumas tarefas executadas por ele:

 

• Identificar riscos relacionados à segurança do contratado;
• Administrar os processos de contratação e demissão de colaboradores;
• Organizar os treinamentos e os cursos de capacitação dos agentes de segurança;
• Elaborar e implementar estratégias de segurança conforme a ocasião;
• Administrar materiais e recursos financeiros, entre outras atividades. 

 

É importante destacar que para atuar como gestor de segurança privada, é necessária formação em curso superior, com conhecimentos teóricos e práticos sobre segurança privada. Abordaremos este assunto ao decorrer do texto.

 

O que faz uma empresa de segurança privada?

 

Uma empresa de segurança privada é uma instituição que oferece serviços de proteção e preservação de pessoas, patrimônios e bens. As atividades incutidas nesse setor normalmente são:  vigilância patrimonial, segurança pessoal, escolta armada, cursos de formação, desenvolvimento de sistemas de segurança, análise de risco, entre outros.

Algumas organizações costumam oferecer também serviços de limpeza terceirizados, uma vez que esse tipo de trabalho impacta diretamente na saúde das pessoas que habitam ou frequentam o local.

De forma geral, esse tipo de serviço de segurança é extremamente vantajoso para o resguardo de áreas residenciais, empresas, comércios, escolas, igrejas, entre outros. Isso porque, uma boa instituição contará com equipamentos tecnológicos de última geração que otimizam o nível de eficácia. 

Outra grande vantagem de contratar uma empresa de segurança privada, são os profissionais envolvidos nas operações. Normalmente, os agentes passam por treinamentos específicos e prestam rigorosos testes até estarem aptos. Além disso, eles também realizam cursos de aprimoramento contínuo para se manterem atualizados. 

Vale destacar que esse tipo de serviço é regulamentado pela Lei Nº 7.102, de 20 de junho de 1983, na qual iremos aprofundar mais à frente. Portanto, esta atividade é estritamente inspecionada pela legislação, a fim de oferecer um serviço de qualidade e eficiência para os contratantes. 

Dessa forma, além de gerir os processos estratégicos relacionados às operações, a gestão de segurança privada também é responsável em administrar todas as demandas internas de recursos humanos, financeiros e ainda garantir o cumprimento das normas legislativas. 

 

Serviços de segurança privada

 

 

A Portaria N º 3.233/2012-DG/DPF define as áreas de atuação da segurança privada em 4 atividades. Confira abaixo as funções de cada serviço de acordo com a legislação:

 

1 – Vigilância patrimonial 

De acordo com o art. 1º, § 3º da Portaria a vigilância patrimonial “é atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio”. Dessa forma, inclui nessa atividade os seguintes serviços: 

 

• Ronda armada e desarmada;

• Monitoramento 24h;

• Controle de acesso informatizado;

• Mapeamento de risco; 

• Treinamento e operação eficiente. 

 

2 – Transporte de valores

Também faz parte dos serviços de segurança privada o transporte de valores. O art. 2º, § 3º da Portaria define este ofício como uma “atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais”. 

Ou seja, o principal intuito desse serviço é assegurar que produtos ou dinheiro de uma determinada instituição sejam entregues em segurança ao destino final, ou caso ocorra algum furto ou roubo a empresa consiga ser ressarcida. 

 

3 – Escolta armada

Diferente do transporte de valores, a escolta armada costuma utilizar mais de um veículo durante as operações. Portanto, os agentes não necessitam ocupar o mesmo automóvel que o bem protegido está, o que dá mais autonomia de reação, caso haja algum imprevisto.  

Segundo o art. 3º, § 3º da Portaria, a escolta armada consiste na “atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários”.

 

4 – Segurança pessoal 

O art. 4º, § 3º da Portaria define a segurança pessoal como uma “atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários”. 

Sendo assim, esse tipo de serviço de segurança costuma atuar tanto nas estratégias quanto nas operações, a fim de garantir a proteção de uma pessoa específica. Listamos abaixo algumas das funções exercidas pelos agentes de segurança pessoal.

 

• Acompanhamento 24 horas, se necessário, da pessoa protegida;
• Planejamento de rotas mais seguras para prevenir-se contra possíveis ameaças;
• Execução da agenda dos clientes, incluindo viagens e tarefas rotineiras; 
• Fiscalização de veículos, de equipamentos, e de sistemas de comunicação;
• Neutralização das condições de risco, caso ocorra um ataque ou imprevisto; 
• Controle de acesso de pessoas e veículos;
• Identificar movimentações suspeitas, entre outros. 

 

5 – Curso de Formação, Extensão e Reciclagem

Os cursos de extensão também fazem parte das áreas de atuação da segurança privada. Isso porque, com o contínuo desenvolvimento de novos recursos tecnológicos e as ações cada vez mais ousadas de criminosos, os agentes devem estar em constante treinamento. Portanto, o art. 5º, § 3º da Portaria inclui a “atividade de formação, extensão e reciclagem de vigilantes” como parte dos serviços das agências de segurança. 

 

Requisitos Legais para Gestão da Segurança Privada

 

Como mencionamos antes, as empresas de segurança privada no Brasil são regulamentadas por legislação e seu funcionamento depende da autorização da Polícia Federal, órgão responsável pela fiscalização dessa atividade. Além disso, esse tipo de prestação de serviço necessita de diversos requisitos legais, confira alguns deles: 

 

• Obtenção do alvará de funcionamento;
• Revisões periódicas do alvará de funcionamento; 
• Credenciamento de dados dos profissionais da segurança no Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada da Polícia Federal (GESP);
• Cursos de reciclagem dos agentes de segurança.

 

Confira abaixo, as normas e diretrizes legais para a prestação de serviço de segurança no Brasil: 

 

Lei Nº 7.102, de 20 de junho de 1983

 

A Lei Nº 7.102 é a Legislação Federal que trata da segurança privada no Brasil. Ela estabelece as normas para o funcionamento das empresas privadas que oferecem serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências.

 

<H3> Decreto Nº 89.056, de 24 de novembro de 1983

O Decreto Nº 89.056 regulamenta a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que “dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores e dá outras providências”.

 

Portaria N º 3.233 / 2012 – DG/DPF, DE 10 de dezembro de 2012

 

A Portaria Nº 3.233/2012 dispõe diversas instruções sobre as atividades relacionadas a serviços de segurança privada explorada pelas empresas especializadas. Nela contém as normas relacionadas aos agentes que nelas atuam e a fiscalização dos planos de segurança das agências. 

É de responsabilidade da gestão de segurança privada organizar e administrar o cumprimento de todas as normas citadas acima. 

 

Serviço Orgânico de Segurança Privada

 

Também existe a possibilidade de a empresa de segurança privada elaborar as estratégias e executar as próprias operações de proteção. Quando isso ocorre, chamamos de Serviço Orgânico.

Nesse sentido, a instituição utiliza os próprios colaboradores para executar as atividades, por isso, faz-se necessário também uma boa equipe no departamento de gestão de segurança privada. 

Portanto cabe aos gestores selecionar e capacitar os colaboradores para realizarem as suas respectivas tarefas. Confira no tópico a seguir, como funciona a administração dos recursos humanos em uma empresa de segurança. 

 

Gestão dos recursos da segurança privada

 

Dentre as funções do gestor de segurança privada está a de recrutamento e seleção de novos colaboradores, incluindo vigilantes, líderes, supervisores, gerentes, entre outros cargos. Também fica por conta deste departamento, a organização dos recursos financeiros e dos equipamentos. De forma resumida, a equipe de RH fica responsável por três grupos:

 

• Humanos;
• Equipamentos;
• Financeiro. 

 

Humanos

O gestor de segurança privada é responsável pela admissão e demissão de todas as pessoas que compõem o quadro de profissionais, sem distinção de hierarquia ou departamento de atuação. Além disso, cabe a ele gerir e os treinos e os cursos de aperfeiçoamento dos agentes de segurança. 

 

Equipamentos 

A gestão de equipamentos refere-se às tarefas de administrar insumos, recursos tecnológicos e bens patrimoniais da organização. Confira exemplos de materiais geridos pelo departamento:

 

• Veículos (carros e motos);
• Imóveis (propriedades e prédios);
• Armamentos;
• Maquinários;
• Câmeras de segurança;
• Sistemas eletrônicos de segurança. 

 

Financeiros 

Parte dos recursos financeiros de segurança também fica sob responsabilidade do gestor. Essa tarefa consiste em administrar os recursos necessários para manter o funcionamento da organização. 

Portanto, cabe ao gestor de segurança privada planejar o orçamento, realizar a previsão de receita e de despesas futuras envolvendo toda a operação. Incluem nesse cálculo:

 

• Custos mensais com pessoal (salário, benefícios, hora extra, entre outros);
• Combustível;
• Treinamentos obrigatórios e cursos de extensão;
• Manutenção preventiva e corretiva dos recursos;
• Compra de novos equipamentos;
• Melhorias físicas e estruturais dos imóveis, entre outros. 

 

Curso de graduação em gestão de segurança privada

 

Como mencionamos no início do artigo, para exercer a função de gestor nessa área, o profissional deve concluir o curso superior em Gestão de segurança privada, disponível tanto no ensino presencial quanto no privado.

Isso porque, devido à complexidade e à variedade de tarefas que envolve planejamento, organização, direção e controle de recursos humanos, materiais e financeiros, o profissional deve estar apto a executar as demandas. 

Vale destacar que, é possível especializar-se nessa área concluindo uma pós-graduação em Gestão de Segurança Privada, onde o formando tem a possibilidade de aprofundar o conhecimento em um determinado nicho. 

 

Mercado de trabalho na área de segurança privada

 

São diversas as áreas de atuação no mercado de segurança patrimonial. De acordo com um relatório do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança, as empresas desse setor faturaram cerca de R$ 35,7 bilhões em 2020. Confira os cargos mais comuns desse segmento.

 

Gestor de segurança privada: piso salarial médio de R$ 5.958,31 ao mês.

Vigilante de transporte de valores: piso salarial médio de R$ 2.197,00 ao mês.

Agente de escolta armada:  piso salarial médio de R$ 2.384,00 ao mês.

Vigilante VIP (Segurança Pessoal Privada): piso salarial médio de R$ 1.934,00 ao mês.

Vigilante Armado: piso salarial médio de R$ 1.652,00 ao mês.

Segurança patrimonial: piso salarial médio de R$ 1.666,00 ao mês.

Vigilante: piso salarial médio de R$ 1.666,00 ao mês.

Vigilante noturno: piso salarial médio de R$ 1.454,00 ao mês.

 

Os valores citados acima podem variar conforme a região, cidade e a experiência do profissional, portanto, trata-se apenas de uma média salarial. 

 

Grupo Padrão

 

Atuando há mais de 30 anos no mercado, a Padrão Serviços tem uma estrutura sólida e robusta, composta por 4 unidades e 100 veículos de frota.

Não é à toa que recebemos a certificação ISO 9001 e CRS, destinadas somente às empresas com o melhor desempenho em qualidade nos serviços prestados. Hoje, o grupo Padrão tem uma cartela de 2 mil clientes satisfeitos.

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